domingo, 29 de abril de 2012

A melhor Liga do Mundo

Uma breve interrupção na interrupção, para louvar a melhor Liga do Mundo. A nossa!

Talvez devido à nossa localização geográfica, na periferia da Europa, quiçá motivado pela nossa reduzida dimensão, quando comparado com a maioria dos países com que nos relacionamos, por uma questão de feitio, por hábitos culturais ou simplesmente por que somos assim, a verdade é que temos uma tendência a valorizarmos o que vem de fora e a diminuirmos o que é nosso.

É assim nos produtos de grande consumo, na música, no cinema (aqui normalmente até tem razão de ser, mas vá), por vezes até na gastronomia (neste capítulo, devemos dar «quinj'a jero» à grande maioria dos restantes países do mundo) e até na maioria dos hábitos populares.

Um hábito. Um costume tão nosso. O que vem de fora é bom e o que temos cá dentro não.

E o futebol não é excepção. Crescemos a ver as ligas espanhola, inglesa e italiana como as melhores do Mundo. Os melhores clubes, com melhores condições económicas, com mais adeptos, com melhores médias de espectadores, os melhores jogadores, espectáculos mais conseguidos, blá, blá, blá.

Pois para mim a melhor liga de futebol do mundo, é a portuguesa! A nossa, sem margem para qualquer tipo de dúvidas. E antes que o leitor se comece a interrogar o porquê desta afirmação que à primeira vista pode parecer exagerada, convido-o a colocar de lado todos os seus preconceitos culturais e que raciocine comigo.

Quem gosta de futebol, já certamente que se interrogou de onde vem essa paixão. Racionalmente, passar duas horas a ver 22 marmanjos (às vezes são 21 + o Miguel Veloso) a correr atrás e aos pontapés a uma bola, não faz grande sentido e no entanto, fazemo-lo vezes sem conta. E vibramos com isso.


A razão é simples. Tudo tem a ver com o espírito competitivo que o Homem tem e com a necessidade que temos de ganhar (esta merda tem uma explicação cinetifico-sócio-cultural que é demonstrável mas agora não dá para explicar neste post). A isto em futebol, chama-se a magia da «incerteza do resultado». E como tal, quanto maior for a incerteza, ou competitividade se preferir, melhor será a Liga.

E neste capítulo, somos de muito, mas mesmo muito longe os melhores do mundo.

Explico. Em qualquer outra liga do  mundo, na maioria dos jogos, a incerteza no resultado e em quem será o vencedor, joga-se e determina-se nos 90 minutos de duração de uma partida. 21 de Abril: Barcelona - 1 Real Madrid - 2, tudo decidido. Amanhã: Manchester City - Manchester United, no final da partida teremos um vencedor. Na Champions, dentro de dias teremos um Bayern - Chelsea e quando o árbitro fizer soar o último apito tudo estará decidido. Temos tantos exemplos deste género, quantas ligas existirem no mundo.

Menos por cá. Por cá, o futebol joga-se dentro e fora das quatro linhas. Há o futebol dos jogadores (normalmente jogado em campo durante 90 minutos), o dos comentadores, que também é bom e que habitualmente é jogado também durante 90 minutos em que o futebol propriamente dito pouco importa e o dos dirigentes que torna a nossa liga na melhor do mundo.

Veja-se o caso União de Leiria, que ocupa lugar de destaque na actualidade do futebol Luso. Graças aos vários meses de salários em atraso, o plantel resciciu o contrato e fruto dessa decisão, lá temos a emoção até ao final garantida.

Devemos ser a única liga do mundo em que os jogos começam e as equipas não sabem a sua classificação. Esta jornada temos o 11º contra o 14º se o Leiria não desistir do campeonato, mas no caso contrário é 13º contra 12º. Fixe não? Imaginem o treinador a preparar este jogo. Temos que ganhar, mas se empatarmos safamo-nos se o Leiria não desitir. Chega ao final do encontro e ninguém sabe realmente se perdeu ou ganhou. Isto é que é incerteza no marcador!

Incerteza que se vai prolongar, para lá da decisão do conselho de justiça da Liga. É que depois disso vamos ter a decisão contrária do comité de disciplina da Federação e 6 ou 7 anos depois, teremos um tribunal civil a anular todas as decisões tomadas, graças a um incidente processual. Isto é que é competitividade!

Qualquer adepto, tem que adorar isto. Começar uma jornada com 2 pontos de atraso do adversário que vai defrontar, ganhar-lhe e depois de uma treta qualquer como esta do Leiria acabar a jornada a 5 pontos desse adversário. Isto é espectáculo!

E não satisfeitos com a qualidade dos espectáculos com que nos têm presentado dentro, mas principalmente fora das quatro linhas, os dirigentes dos clubes querem alargar a Liga para 18 clubes. De génio!!! Mais 2 para poderem arranjar "casos Mateus" e "Apitos dourados" com fartura.

E porquê parar nos 18, pergunto eu? Porque não 20 ou 22? Ou alargar a Liga ao ritmo de 2 clubes por ano - sem descidas, claro - na próxima década? Até serem 36! Com uma liga a uma volta, nesse caso, seriam 35 jogos! É possível, pá.

Deixem a vossa imaginação à solta meus caros dirigentes. Imaginem um clube dos Açores em que o sorteio ditasse jogar com os grandes todos fora. Nem uma receita de bilheteira de jeito que se visse. Era o plantel a rescidir contratos logo em Janeiro ou Fevereiro e logo esta incerteza toda no marcador a partir dessa altura. Os comunicados que a Liga e as conferências de imprensa que o Sindicato não fariam. O record do Belensenses de descer 3 anos seguidos até ir efectivamente parar à 2ª seria rapidamente batido.

Vá, pensem lá nisso. Queremos as nossas crianças tão felizes com a bola quanto  Messi, no dia em que lhe disseram que ia para o Barça - momento que 'O Banco' registou em foto e que agora publica - sem termos que o ter na Liga, evitando assim não ter que não lhe pagar o salário milionário que aufere.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Na ressaca de Bilbao



Afinal os leões já estão em Bucareste. No Zoo local.
Pronto, chega de piadas de mau gosto.

Mas afinal o que queriam os de verde? Ir à Catedral, jogar com os de vermelho e branco e ganhar? Já deviam de saber que tal é altamente improvável como já tinham exprimentado esta epoca. A novidade é que desta vez não queimaram cadeiras e portaram-se como homenzinhos.

Mas queria salientar a excelente prestação do Van Wolfswinkel. Além do golo, mostrou uma excelente capacidade de anticipação. Antecipou-se a toda a equipa, levando o amarelo que o tirava da final de Bucareste.

Até mais ver

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Terroristas em Alvalade


Acabo de ser informado que vou assistir in loco à minha segunda meia final da Liga Europa em dois anos consecutivos. Duas de seguida hein...pouca gente se pode gabar de conseguir. Falo de bola....suas mentes perversas.

Mais a sério, vou fiscalizar o meu preferido para suceder ao Jesus.

Como já li por essa blogosfera fora, o Bielsa é consensual. Aliás, faço minhas as palavras do B. daqui e também dou pedaço do meu chorudo subsídio de pobre para pagar este senhor... basta que o presidente de 90% dos benfiquistas também esteja de acordo.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Homem com H bem grande




O Banco vem prestar homenagem a um campeão: Antonio Di Natale.
Os campeões não o são só dentro de campo. Sempre foi um líder, sempre serviu a ¨sua¨Udinese com amor e paixão e agora mostrou a outra face do que é ser um campeão.
Com a morte de Piermario Morosini(jogador da Udinese emprestado ao Livorno), a sua irmã,deficiente, ficaria sem ninguém para tomar conta dela. Di Natale ,de imediato, pediu a custódia da mesma, ficando agora a mesma sobre sua tutela.
Isto sim, são actos de louvar e de se prestar homenagem.
Obrigado Di Natale.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Nunca mais é 2012/2013



Devido a problemas de ordem técnica, nos quais, a direcção tem toda a responsabilidade, o 33 para o Marquês está com um atraso considerável. A todos os utilizadores pedimos que utilizem meios alternativos para chegar ao destino. A demora está calculada em cerca de 1 ano.
Pedimos desculpa pelo facto.

sábado, 7 de abril de 2012

Fui a Londres e vi o Big Ben...fica

(Que ninguém se atreva a criticar a minha bela arte de fotomontagem)


Acabadinho de chegar de Londres com o meu benfiquismo em alta e com as baterias recarregadas para apanhar o 33 para o Marquês.
Vou ser sincero, esta minha viagem foi aquela onde menos esperança tinha em alcançar resultados positivos. Como cheguei a dizer, era uma viagem com mais de turismo que de benfiquismo. E assim foi até chegar à hora do jogo. As noticias não eram as melhores por causa da ausência de centrais e já me apetecia assinar um pacto de não agressão com os chelseanos. Até uma derrota por 1-0 era bom, pensava eu. Mas o meu Benfica não pára de me surpreender. Com os minutos iniciais decorridos, começava a minha versão turística a desaparecer e a versão benfiquista em crescendo. Se marcassemos primeiro...
Depois lá levei com uns murros para ver se acalmava. Primeiro num penalti e depois numa expulsão. Fomos postos na ordem. Mas no nosso sector ninguém dava aquilo como perdido. Sempre puxámos pela equipa e sempre tinhamos aquela tenue esperança de algo épico poder estar para acontecer. Desde Artur a Emerson, desde Javi a Gaitan, passando por Matic e Bruno César, tudo era lindo. Equipa e garra fantástica. Este é o meu Benfica!!!!
O golo foi, como dizia o Bibota Fernando Gomes, um orgasmo enorme. Agarrei-me ao meu parceiro macaco e gritámos até mais não. O impensável de encostar o Chelsea às cordas em pleno Stamford Brigde estava a ser praticado até à exaustão, até que o Meiorreles acabou com o sonho. Mas foi um grande e belo sonho.
No rescaldo da noite pelos bares de Londres, ninguém despiu o fato de trabalho. Empunhámos o nosso manto sagrado e fomos de peito feito com o orgulho de quem deu o que tinha a dar e que nada nos envergonhava.
Não sou de vitórias morais, mas vá, esta cheirou a uma derrota com um d muito pequinininino.
Obrigado ao meu Benfica por mais um momento de paixão.

Momento benfiquista: em pleno metro de Londres, o speaker de serviço da estação, não resistiu ao apelo do meu irmão e lá anuciou num portuglês inglesado : Ninguém para Benfica ó ó ó. O som entoou pela colunas da estação e rapidamente se estendeu a mais benfiquistas por essas plataformas fora.

Momento uauuuu: No nosso passeio matinal em redor de Stamford Bridge viamos as fotos de antigos jogador pelas paredes. Numa dessas fotos estava o Jimmy. Esse mesmo que tinha jogado no Campomaiorense e Boavista. Comentávamos isso quando estavamos de saída. Ao virar da esquina estava uma personagem parecidissima ao Jimmy. É não é? hum... À medida que nos aproximavamos dele as questões mantinham-se. Ele apercebeu-se...dirigiu-se a nós e disse: Então pessoal? Tudo bem? Era mesmo ele...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Mais um carimbo




Ora estupidez não tem limite, bem como o limite do cartão de crédito e assim lá vou eu carimbar o meu passaporte desportivo em mais um estádio emblemático. Desta vez vou mesmo numa de passear e desfrutar, já que a nível desportivo a coisa está muito preta (nada contra o Kalou).

Assim sendo, quarta feira lá estarei a sofrer pelo meu Benfica e a rezar para que a coisa não corra muito mal, visto que centrais é coisa que não vai haver em abundância e o Jesus vai continuar a meter o Emerson.

Até ao meu regresso!
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