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Confesso que tenho pouca paciência para este período pré-eleitoral que de há uns meses para cá se vive no Sporting.
Do actual e futuro ex-presidente, estou certo que não guardarei grandes saudades. Seja pela hora diária que dedica ao clube, pelo ar de enfado com que diz que está cansado de abdicar da sua vida pessoal em prol do Sporting ou de ser insultado, pela forma como apresenta as suas ideias em que ou se está "comigo ou contra migo" ou pelo facto de não falar com os jogadores, fazendo gala disso, assim com um ar de quem tem nojo de que lidar com eles, a verdade é que acho que já vai tarde.
Dos ex-presidentes como o Sousa Cintra ou o Dias da Cunha, confesso que por muito que tente hoje em dia não consigo entender nada do que dizem. A sério! A verdade é que dizem mais ou menos o mesmo que diziam quando lá estavam mas agora aquilo parece eslovaco.
Para os candidatos a candidatos, menos paciência ainda. Os Bettencourts, Dias Ferreiras e Rogérios Alves que poderão ser um dia quem sabe candidato a candidato se o Soares Franco não se importar e se as circunstâncias certas, seja lá o que isso for, assim o permitam, representam aquilo que em bom português se designa por "não foder nem sair de cima".
Já às Isabeis Trigos Miras, armadas em pseudo-presidenciáveis, dedicava-lhes o lugar "Eusébio verde-e-branco". Ou seja, mandava-as para os núcleos, mamar copos de três e cantar a marcha com o os sportinguistas espalhados por este país fora, numa de animar a malta.
Finalmente uma palavra ao Pedro Souto, ou lá como é que o gajo se chama, que diz que se candidata se gerar um consenso alargado. Em primeiro lugar, acho que tirando
este aqui (e é para gozar), mais ninguém quer saber do Pedrinho para nada e depois essa dos consensos alargados é para mim uma espécie de "não-tenho-nem-ideia-do-que-quero-fazer-mas-se-todos-apoiarem-ninguém-pode-dizer-mal-depois".
Portanto, noves fora nada, sobro eu! Assumo-me assim como o 1º candidato on-line à presidência do Sporting. Para formalizar a candidatura só preciso saber o que é que tenho que fazer. Se algum dos leitores fizer a gentileza de o indicar na caixa das bengalhadas, fico-lhe agradecido e caso vença prometo-lhe o lugar do Salema Garção na minha estrutura.
Como perceberam, não sou alinhado com nenhuma facção hoje existente (Soaristas, Diasdacunhistas, paulobentistas, etc) nem pretendo criar a minha própria corrente de pensamento, seria a reporterhagaziasta, o que convenhamos é rídiculo. Sou quanto muito Liesonista, o que significa que sou pelos bons jogadores que deixam a pele em campo e jogam que se fartam.
Projecto para o clube, assim escrito e tudo, não tenho. Fazia à boa maneira portuguesa de ir desenrascando ao longo do trajecto. Gostava que tivessemos um pavilhão e mais modalidades do que as que hoje temos e que jogássemos para ganhar em todas elas.
Em relação à minha direcção, algo que o leitor poderá estar agora a perguntar-se como seria, a resposta é fácil. Além do gajo que ficasse com o lugar do Salema Garção, punha o Bengas, o Tio, o Padrini e o Fuinha como ministros da propaganda. O Bengas com responsabilidades ao nível das finanças, o Padrini como ministro dos negócios estrangeiros sem direito a cartão de crédito do clube e com todas as despesas que apresentasse a aprovar por mim, que o Sporting não tem que pagar Quintas da Pacheca a 50€ a garrafa a ninguém, o Tio como relações públicas exclusivo para o FC Porto e o Fuinha para o Benfica. Director desportivo era eu.
Relativamente ao futebol, que é isso que interessa, geria aquilo como faço cá em casa. Ou seja, só se gasta o que há e quando se quer qualquer coisa que não podemos logo comprar é mandar com o VISA para a frente e logo se vê. Os salários devem ser como as refeições, ou seja, equilibradas e saudáveis e postos "na mesa" a tempo e horas, sobremesa só para quem se portasse bem. Aos jogadores, tratava-os como faço aos putos, o que significa que quando se põem com birras é porrada no focinho para não serem parvos; mas era eu que dava, não precisava que fosse o desgraçado do treinador a fazê-lo. Ah e contratava o Jesus para pôr a malta a jogar bem à bola (até podiamos não ganhar, mas pelo menos não era enfadonho).
Também tenho uma ideia de como tratar os jornalistas, mas isso não digo para não ferir susceptibilidades, nem enjoar (já) as prima-donas cá da praça.
Finalmente, lá naquela parede onde estão algumas das grandes figuras do Sporting, pintava gajos como o Aurélio Pereira ou o Moniz Pereira, que esses sim merecem lá estar.