segunda-feira, 27 de julho de 2009

Obrigado Rui!

Partiu repentinamente na passada 6ª feira um dos grandes jornalistas da nossa praça. O Sr. Rui Cartaxana, sendo um benfiquista assumido, algo que nunca lhe toldou a visão, nem lhe impediu de dizer o que pensava, deixa um vazio no meio jornalístico desportivo que dificilmente será ocupado por quem quer que seja nos próximos tempos.
Tão incisiva quanto recta, a sua postura não tem paralelo e a sua obra fala por si. Se hoje o jornal Record existe, deve-o tão-somente à acção do Sr. Cartaxana, que ergueu o trissemanário das cinzas e transformou-o num diário desportivo isento e credível. 12 anos como director do mesmo salvaram a publicação de se tornar num triste e inapelativo instrumento da propaganda felisbertina d’Alvalade (imaginem o que seria o Fuinha e o Tio com uma coluna diária na imprensa?!?!?!?!), e um pouco ao contrário do triste destino d’OJogo…
Era com agrado que lia as suas crónicas, objectivas e corrosivas, retratando a podridão que actualmente grassa a nível futebolístico nacional, sem papas na língua, indiferente se ofendia mafiosos ou pseudo-aristocratas, denunciando situações que até à camorra napolitana chocariam.
Numa altura em que vivemos encurralados entre corruptos e parvos, as suas palavras eram um farol que alumiava o caminho da dignidade que o futebol português deveria seguir. Vou ter saudades delas. Já não somos 6 milhões, mas os 5.999.999 vão continuar a pugnar pela verdade desportiva que tu defendeste de forma tão apaixonada e árdua.

Fica esta singela homenagem, um pequeno mas justo reconhecimento por tudo aquilo que respresentaste e pelo qual lutaste ao longo da tua vida. Por isso, um sentido obrigado e até sempre Rui…

3 comentários:

Nuno Oliveira disse...

Acreditas mesmo naquilo que escreves?? Postura incisiva e recta (ahahah), Record como sendo isento e credível!!!! Só tenho uma palavra: ridiculo. Pelo homem, marido e pai tenho pena que tenha morrido, mas pelo jornalista já devia ter ido mais cedo.

ana disse...

Mikas, és slb, não és? É que só assim é que se pode compreender tamanha admiração pelo senhor. Não sou hipócrita. Não gostava dele. De imparcial não tinha nada.

Repórter H disse...

Terra chama Mikas!
Terra chama Mikas!

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