E agora o futebol português numa analogia parva.
O Zé é um gajo que diariamente cozinha lá em casa. Faz o almoço, o jantar, uns lanchinhos e ao fim-de-semana arranja o pequeno-almoço. O problema é que o Zé não tem jeito nenhum para a cozinha; queima o arroz, esquece-se do sal, as sopas ficam uma aguadilha sensaborrona, a carne fica queimada por fora e crua por dentro, enfim uma desgraça. Os familiares e os amigos do Zé, coitados, comem o que lhe servem, embora ultimamente, muitos deles optem por comer fora ou simplesmente fazem jejum, até porque existem muitas suspeitas que o Zé tinha um arranjinho com a Tina Peixeira, que lhe arranjava carapau da semana passada como se fosse fresquinho.
O Zé, apesar de tudo, tem a mania que é um Mestre Cuca. De tal maneira que decidiu há não muito tempo organizar uma almoçarada para os amigos lá do bairro. Convidou-os todos e não obstante a fama do Zé, os amigos lá aceitaram e marcou-se o almoço. A coisa até correu bem, sendo que para isso, o Zé renovou a cozinha toda, comprou um trem de cozinha e uma Bimby, pratos e talheres novos. É verdade que o Schwantz, teve que cir dar uma mãozinha a meio da coisa, mas a verdade é que o Zé organizou um belo manjar. Foi de tal maneira bom anfitrião que até a cereja no topo do bolo deixou para um dos convidados, não tendo sido garganeiro.
A família do Zé, encheu-se de esperança e pensou "é desta, agora é que o Zé acerta nos temperos e passamos a comer decentemente", mas afinal todas as expectativas não tinham fundamento e lá continuou o Mestre Cuca a arrasar na cozinha e a sua família cada vez mais sub-nutrida e mal alimentada.
É por isso com espanto, que vemos o Zé a anunciar que está disponível para dentro de uns meses organizar uma jantarada ainda maior que o almoço da há uns tempos, ainda que com a sua ajuda do seu amigo Ramon. O Ramon que até dá uns toques na cozinha, vai de certeza aproveitar a cozinha novinha do Zé e fará umas iguarias de chorar por mais, mas a verdade é que a família do Zé vai continuar a comer mal...
Nota: ainda hoje soubemos que o Zé fez uns pastelinhos de Belém que ficaram uma bela merda. Isto porque seguiu a receita à letra, mas esqueceu-se que o mais importante é o espírito da coisa.
3 comentários:
Quando começas a meter tantas palavras nas tuas ideias baralhas-te.
Acalma-te là um pouco, nao tarda ainda a malta começa a chamar-te choramingas e isso somos sò nòs.
Parece que agora veio o administrador de condomínio dizer que afinal a festança do Zé não é uma prioridade para o prédio
Por outro lado, o Relações Públicas do prédio, responsável máximo pelos canapés, balões e croquetes, veio dizer que, sim senhor, as prioridades são outras mas que isso não obriga os moradores a terem de andar eternamente macambúzios, só porque o administrador prefere ficar as noites todas a ler tratados de economia. A alegria e o bom espírito do Zé, diz-nos o Relações Públicas, pode relançar o prédio na senda dos prédios europeus com mais capacidade de resposta à crise.
Há até quem afirme que, se é para "isto" (entenda-se: ar sorumbático do administrador), mais vale lançar, já no próximo semestre, uma campanha que leve o Zé ao poder.
O Zé não gostou da ideia.
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