Para que uma ida à bola seja uma experiência verdadeiramente completa, tem que haver, antes ou depois do jogo (a ordem dos factores é verdadeiramente arbitrária), uma bela bifaninha (febra no pão, para os menos conhecedores da matéria), cozinhada numa chapa, que a última vez que viu o detergente foi quando ficaram os dois embalados na mesma secção do armazém do distribuidor, acompanhada de uma imperial gelada, servida num copo de plástico que se tiverem verdadeiramente sorte vem já partido e tudo.
Claro que este ritual tem que ser levado a cabo nas roullotes! Sei que, com as modernices, os clubes abriram dentro dos estádios uns bares todos pipis, onde se pode comer uns sucedâneos da febra e da imperial - para fingir servem lá cerveja sem álcool - mas aquilo está para o original como o Big Mac está para o belo do cozido!
E é por isso que esta verdadeira instituição vai continuar a viver. Bem sei que outras, como a da almofadinha que "é pró cu, é pró cu, é prá bola!" começam a cair no esquecimento do futebol moderno, mas estou certo que enquanto houver, quem esteja na disposição de chegar a casa a cheirar a fumo da gordura do porco em troca de umas dentadas na febra e meia dúzia de bitaitadas sobre o jogo que se viu, as bifanas vão ser como o Paulo Bento... Forever*!
* Nota: acredito que estas sejam mesmo para sempre, apesar das ASAEs e afins, eu pelo menos para isso contribuirei.
4 comentários:
E a falta que fazem os cartuchos de pinhões (servidos juntamente com o respectivo prego dobrado para os abrirmos)? :(
Ou polvo assado, como no estàdio do Portimonense. Ahah, bons tempos...
Oh sõr reporter...que bem falado. Só por isso convido-te no domingo para uma febralhada com mini incorporada nas roulottes do colombo. Eu sei que vais declinar mas mesmo assim fica o conbite. Eu, o Caneleiras e o Jocivalter lá estaremos. Junta-te aos bons para parecermos muitos, vá...
O Jengábola também lá vai estar.
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