O antigo presidente do Conselho de Justiça da Federação, juiz conselheiro António Mortágua, surpreendeu esta manhã o tribunal ao reconhecer que à época do jogo Beira-Mar/F.C. do Porto (2003/04), se compravam árbitros e que «a bitola» andava bem acima dos «500 contos».
«Claro que todas as pessoas têm um preço, mas 500 contos acho ridículo. Só se fosse para o aquecimento», referiu no Tribunal de Gaia a testemunha abonatória de Pinto da Costa, no chamado «processo do envelope», em que o presidente do F.C. do Porto está acusado de entregar 2500 euros ao árbitro Augusto Duarte, em troca do favorecimento à equipa do Dragão.
O juiz conselheiro queria também desta forma descredibilizar a acusação que impende sobre o líder portista e, depois de ter afirmado que «o profissional muito acima da média» e «cidadão exemplar» Pinto da Costa não subornaria árbitros, acabou a reconhecer ao procurador do Ministério Público que «500 contos era pouco para a bitola da época».
Este Juiz Desembargador, representante dum órgão de soberania, tem o desplante de dizer isto? E como ele é da Relação e está a prestar depoimento aos simplórios Tribunal de Comarca ninguém lhe diz nada?
Quer dizer, o homem tem conhecimento que existe corrupção, até sabe os preços de mercado, como as coisas sucedem, a quanto está o fora-de-jogo e o penalti, e não denuncia? Denunciado devia ser ele.
Ao mesmo tempo, recordou o episódio envolvendo um árbitro [«não me obrigue a falar de nomes, porque isso não faço», avisou] que não teria chegado a arbitrar a partida Feirense/Beira-Mar porque teria recebido «1500 contos de cada equipa».
O Dignissimo Desembargador deveria saber que estava ali como testemunha, e que estava obrigado a responder e a responder com verdade. Disse o que lhe apeteceu, o que achou conveniente, e passa impune
Estou sem palavras e vou citar o colega Jackie Chiles: "it's lewd, lascivious, salacious, outrageous!"
«Claro que todas as pessoas têm um preço, mas 500 contos acho ridículo. Só se fosse para o aquecimento», referiu no Tribunal de Gaia a testemunha abonatória de Pinto da Costa, no chamado «processo do envelope», em que o presidente do F.C. do Porto está acusado de entregar 2500 euros ao árbitro Augusto Duarte, em troca do favorecimento à equipa do Dragão.
O juiz conselheiro queria também desta forma descredibilizar a acusação que impende sobre o líder portista e, depois de ter afirmado que «o profissional muito acima da média» e «cidadão exemplar» Pinto da Costa não subornaria árbitros, acabou a reconhecer ao procurador do Ministério Público que «500 contos era pouco para a bitola da época».
Este Juiz Desembargador, representante dum órgão de soberania, tem o desplante de dizer isto? E como ele é da Relação e está a prestar depoimento aos simplórios Tribunal de Comarca ninguém lhe diz nada?
Quer dizer, o homem tem conhecimento que existe corrupção, até sabe os preços de mercado, como as coisas sucedem, a quanto está o fora-de-jogo e o penalti, e não denuncia? Denunciado devia ser ele.
Ao mesmo tempo, recordou o episódio envolvendo um árbitro [«não me obrigue a falar de nomes, porque isso não faço», avisou] que não teria chegado a arbitrar a partida Feirense/Beira-Mar porque teria recebido «1500 contos de cada equipa».
O Dignissimo Desembargador deveria saber que estava ali como testemunha, e que estava obrigado a responder e a responder com verdade. Disse o que lhe apeteceu, o que achou conveniente, e passa impune
Estou sem palavras e vou citar o colega Jackie Chiles: "it's lewd, lascivious, salacious, outrageous!"
2 comentários:
Foda-se!
O Sr. Pinto é um sério do caralho! Vão todos a tribunal lamber-lhe os colhões e dizer que é um homem de bem!
Já começo a achar que as escutas foram inventadas!
Apoiado!
Cabala, é o que é!
Sulistas invejosos. Não podem ver ninguém, honesto a vingar na vida que têm logo que inventar estas cabalas contra estes senhores.
Haja vergonha.
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