Resposta a um post (muito bom) publicado aqui.
Eis que se aproxima o dia do ano que os 6.000.000 de simplórios menos aprecia. Habituados a receber outros tão ou mais iletrados que eles, os vizinhos do Colombo vêm-se a braços com a mais fina aristocracia, que num gesto magnanime, atravessa a estrada et... voilá, chega ao silo inacabado que ainda hoje espanta a Ordem dos Engenheiros por estar em pé.Há que compreender a estupfacção. É gente que paga cotas, para ter descontos no McDonald's e no passe social. Falamos de uma peculiar comunidade que em tempos vibrava quando um deles concluia a 4ª classe, mas que ultimamente... continua a vibrar quando um consegue tal desiderato. Continuam a chumbar a Lingua Portuguesa, a Matemática... é um fartote de reprovar. É portanto fácil de entender a dificuldade em lidar com tão ilustres visitantes.Há porém algo que este ano marca de forma diferente o grupo. Falamos das "ganas". Do presidiário ao gajo vestido de diabo, em cada simplório encontra-se um sorriso largo e esperançoso, uma confiança inabalável que a visita não será tão negativa como as últimas vezes que encontram os ilustres visitantes. Mas já se sabe que perante gente de tão elevado calibre, se exige uma certa dose de reverência. Por esta razão, é bom que a euforia, principalmente a dos mais iletrados que se alegram com qualquer visitante, nem que seja o tio do Norte que se solta alarvemente, se transforme em respeito que a ocasião exige. Com a nobreza não se brinca. E não é por o visitante ser culto que ficarão também eles a saber ler e escrever.
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