segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Como pode haver tanta paixão?

Pegando num reply a um post meu, da parte do nosso novel amigo Ricardo, venho expor em termos simples e usando o maximo possível silogismos básicos, de modo a que talvez até tripeiros o possam perceber...

1- De um modo geral, e pelo que se ouve, sportinguistas, tripeiros e até lampiões estão de acordo que a arbitragem de paixão foi, como sempre , uma nódoa. O "como sempre" acrescentei eu, mas já ouvi por mais de uma vez críticas no mesmo sentido de membros das 3 facções que aqui vêm à liça.

2- Sendo uma quase constante as arbitragens polémicas do senhor paixão (não só na óptica do vulgar adepto, mas também amplamente criticadas na imprensa), repletas de casos e de outro material muito mal explicado (vide por exemplo o caso da mulher polícia em Setúbal, ou de insinuações sexuais e aparições como veio ao mundo a uma steward num jogo que já não me recordo), e isto englobando os factos mal contados, ocultados ou inventados no relatório como parte integrante da "apitagem" do jogo em si, será legítimo que qualquer pensador livre se interrogue acerca dos motivos e, mais importante, dos "mecanismos" que permitem que este senhor não só seja arbitro dito de 1ª categoria, como ainda seja nomeado para jogos grandes e, pasme-se, para internacional ou pré-internacional!!

3- É um "quase-facto" que houve um certo e determinado clube do norte, liderado por um certo e determinado ex-chefe da secção de pugilismo do mesmo (crescido no meio certo, portanto, devidamente acompanhado por proprietários de pérolas negras e calores da noite e afins, entre arruaceiros em geral) que, após a passagem do mestre zé pelo referido clube não só aprendeu a importância da química do futebol, como também dos sacos azuis e dos organismos do futebol a controlar para chegar mais longe (entre outras coisas). Mais uma vez, não é apenas a voz do comum adepto que o denuncia, mas sim jornalistas, trabalhadores ou ex-trabalhadores da indústria do futebol e até indigitações de tribunais que corroboram alguns destes factos. De todas estas fontes destaco, para além dos últimos, pela credibilidade(?), essa bíblia do futebol, não recente mas sempre actual, que é o "Golpe de estádio" (corrige-me caneleiras se não for este), pela ampla exposição da gigantesca teia da bola. As pedras basilares desta "fuga para a vitória" são o CD, o CJ e o CA, e dentro deste último o fulcro da questão, ou seja, quem nomeia e quem avalia.

4- Posto tudo isto temos um apitador cujas apitagens (em teoria) não agradam a ninguém. No entanto, e sendo que (em teoria) das apitagens que faz depende a sua classificação, e desta última, por sua vez, dependem a sua presença entre os apitadores ditos de elite, as suas nomeações para jogos ditos grandes e o seu estatuto de internacional, alguém terá de fazer pelas suas classificações, pela calada, o que ele não faz por elas em campo, à vista de todos, o que é um forte argumento para que as supostas avaliações sejam bem escondidinhas a 7 chaves da vista de todos. Assim sendo, e uma vez que "there's no such thing as a free lunch", o senhor paixão há de ter de agradar a alguém, de alguma maneira, para beneficiar deste estatuto de "intocável".

5- Quem nos últimos 30 anos tem beneficiado mais do estado de graça em certas decisões? Quem é o denominador comum nesse espaço de tempo? Quem se diz ter poder, e contra quem têm sido apresentados factos disso mesmo ao longo desse período, para dar uma mãozinha nas classificações dos apitadores? A quem, apesar das críticas teatrais que lhes são dirigidas, devem os referidos estar agradecidos e demonstrá-lo? Quem tem beneficiado? E já agora, qual é o único clube dos 3 grandes cujo nome nunca foi pronunciado nos processos que correm em tribunal referentes ao mundo da bola?

3 comentários:

Caneleiras de cortiça disse...

Respondendo ao ponto 5:
a) É o clube daquele senhor que esteve sentado ao lado do Dr. Filipe Soares Franco no ultimo jogo...e no outro anterior.
b) o nome do Benfica foi mencionado por ter sido prejudicado no jogo com o Nacional.

Ricardo disse...

Mas este texto diz alguma coisa, afinal de contas? Sim, o Paixão é isso tudo e talvez ainda seja mais qualquer coisa mas o que eu gostava de perceber é em que medida o Sporting ontem mais prejudicado que o Porto, visto que defendes esse argumento com unhas e dentes (no post anterior) e agora, ainda que indirectamente, o corroboras.

Quanto às respostas a dar, o Caneleiras já respondeu por mim. Gostava de saber o que é que os sportinguistas acham deste namoro tão bonito. É caso para dar os parabéns ao betinho do Lumiar. Conseguiu arranjar um namorado conhecido e de boas famílias do Norte.

Padrino Visconti disse...

Se viste o jogo todo, e sem a luneta vermelha, talvez tenhas reparado que a equipa que mais atacou foi a que teve mais faltas marcadas (qualquer coisa como 20-5 ao intervalo). Ora, observando o jogo, e apesar de o Sporting ter incutido uma agressividade na disputa de bola e no ataque que gostava de ver sempre, mas a maior parte delas sem falta, podes ver como é possível engendrar o benefício de uma equipa ou o prejuízo de outra, sem necessariamente ter de o fazer em lances capitais.

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